TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA DOENÇA DE ALZHEIMER – SINTOMAS
COGNITIVOS
A
medicina vem avançando ao longo dos anos, porém, a compreensão sobre a doença de
Alzheimer e o seu tratamento está longe de ser o ideal. A utilização de inibidores da enzima
acetilcolinesterase (AChE) tem mostrado resultados importantes na redução da
progressão da doença, cerca de 30 a 40% dos pacientes leve a moderado tiveram
resultados significativos, no entanto, ainda está muito longe do que seria o
ideal.
Os
inibidores de AChE (taurina, virastigmina, donepezil e galantamina) atuam
alterando a função ao inibir as enzimas que degradam a acetilcolina e aumentam
a capacidade de estimular os receptores nicotínicos e muscarínicos cerebrais,
sendo este o tratamento escolhido por médicos para o tratamento da doença de Alzheimer.
Necessitando
atuar em mais de um fator da doença, outros compostos precisam ser utilizados
em conjunto com os inibidores de acetilcolinesterase, como os antioxidantes
lipofílicos e a utilização do fator neurotrófico derivado do cérebro,
estimulando a gânglio parassimpático.
O uso
de antioxidantes polifenólicos também são estudados para reverter o declínio
associado a idade e as deficiências cognitivas e motores dos pacientes. Estudos
mostram que nitrofenóis foram capazes de inibir a agregação amiloidal e
desagregar as fibras formadas.
Em
um outro estudo, a taurina demostrou proteção contra a excitotocidade (acumulo
de glutamato), evitando lesões celulares. E a utilização de inibidores com
2-amino-4 clorofenol, o 4 aminofenol, o ácido 3-4 dihidroxibenzóico, mostram
atividade antiamiloidogênica, inibindo a formação de oligômeros Aβ, fibras
amiloides e reduzição das fibras já formadas.
No entanto,
a inibição das vias β e Y- secretase (via amiloidogênica da clivagem proteolítica
da APP) e a estimulação da via α--secretase tem sido o método mais animador e vantajoso
para evitar a progressão da doença de Alzheimer.
O
primeiro inibidor da acetilcolinesterase utilizado para o tratamento foi a
tacrina, no entanto, apresentou hepatoxicidade, causando hepatite medicamentosa
em alguns pacientes.
Atualmente,
o medicamento mais utilizado para o tratamento é a rivastigmina, atua inibindo
a enzima acetilcolinesterase quanto a butirilcolinestirase, melhorando os
níveis cerebrais de acetilcolina, porém, pode causar efeitos gastrointestinais
e aumento de peso.
Outro
medicamento usado é a galantamina que inibe a acetilcolinesterase e modula
alostericamente os receptores nicotínicos controlando a liberação de
neurotransmissores, que são importantes para a memória e o humor. A huperzina
A, também usada para tratar a doença, atua como inibidor da
acetilcolinesterase, mostra melhora significativa na memória, com ausência da
hapatoxicidade pela tacrina.
Apesar
da doença ainda não ser totalmente compreendida, esforços contínuos para buscar
novas drogas, que possam parar ou retardar a evolução da doença, formam o
desafio e o objetivo da ciência.
Referencias:
IVONE K.; OLIVEIRA; G.H.; Avaliação crítica do tratamento farmacológico atual para doença de Alzheimer. Faculdade de Ciências Farmacêuticas UNESP. São Paulo.
IVONE K.; OLIVEIRA; G.H.; Avaliação crítica do tratamento farmacológico atual para doença de Alzheimer. Faculdade de Ciências Farmacêuticas UNESP. São Paulo.
SERENIKI, A.; VITAL, M.A.B.F; A doença de Alzheimer: aspectos
fisiopatológicos e farmacológicos. Rev. Psiquiat. RS. 2010;30.
Imagem disponível em: https://pebmed.com.br/quais-sao-os-medicamentos-mais-eficazes-para-tratar-a-ansiedade/
Autores:
Jaquelyn Rodriguez Tellez, Juliana R. de Moraes, Tatiany Ribas. (grupo 11)
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