Tratamento da HAS


Basicamente há duas abordagens de tratamento para a HAS, o tratamento baseado em Modificações do Estilo de Vida (MEV: perda de peso, incentivo às atividades física, alimentação saudável, etc.) além, do tratamento com os profissionais de saúde e o tratamento medicamentoso.

Abordagem Multiprofissional
É de grande importância que tenha uma equipe multiprofissional no acompanhamento do tratamento da hipertensão arterial, pois por se tratar de uma doença crônica, é fundamental que profissionais de várias áreas acompanhem o paciente para que ele não abandone o tratamento.
Devendo fazer parte da equipe profissionais como: o médico, enfermeiros, nutricionista, psicólogo, assistente social, educador físico, farmacêutico, agentes comunitários de saúde.
Com uma equipe multiprofissional é possível realizar diversas atividades para que esse paciente tenha um incentivo de continuar a se tratar, atividades essas, nas quais ocasionam mudanças no estilo de vida dos pacientes, sendo elas:
  1. Promoção da saúde: promovendo ações educativas , correção dos fatores de risco e divulgação de material educativo;
  2.  Encaminhamento a outros profissionais, quando necessário;
  3.  Ações assistenciais grupais ou individuais.

NÃO - FARMACOLÓGICO Este tratamento implica em:
- Controlar o peso; Pois estima-se que 20% a 30% da prevalência da hipertensão pode ser explicada pelo sobrepeso. Sendo assim, pacientes com sobrepeso são submetidos  a programas de redução de peso.
- Adoção de hábitos alimentares saudáveis; A dieta desempenha um papel importante no controle da HAS, consiste numa dieta com conteúdo reduzido de teores de sódio (<2,4 g/dia, equivalente a 6 gramas de cloreto de sódio), quantidade reduzida alimentos gordurosos, industrializados, embutidos ou defumados e de sal nos alimentos, devendo adotar um cardápio mais natural e saudável, utilizando para isso temperos naturais, leguminosas, frutas e produtos lácteos.
- Redução do uso de bebidas alcoólicas; É um fator de risco para o agravamento da hipertensão, não é necessário que o indivíduo pare totalmente de consumir, porém há um limite diferente para homens e mulheres. Para os homens é permitido até 30 ml/dia, já para as mulheres a metade desta quantia, ou seja, 15 ml/dia. Mas para ambos deve ser vetado o uso de qualquer bebida alcóolica se os mesmos não conseguirem se limitar- se à esta quantia.
- Redução e/ou abandono do uso do tabaco; Fator de risco para os hipertensos, onde os profissionais de saúde devem efetuar medidas terapêuticas e aconselhamentos para a diminuição do uso ou até mesmo o abandono
- Prática regular de atividade física; A importância do indivíduo hipertenso de se exercitar está relacionada ao fato de que além de acontecer a diminuição da pressão arterial, pode também reduzir significativamente o risco de doença arterial coronária e de acidentes vasculares cerebrais (AVC), diminuindo assim a mortalidade geral, auxiliando também na diminuição do peso
Com esse plano de tratamento é possível obter que o indivíduo possua mais qualidade de vida, conseguindo diminuir sua pressão arterial ou estabilizá-la, evitando assim uma série de outras doenças.

FARMACOLÓGICO

Assim como o tratamento não farmacológico, o tratamento farmacológico consiste em reduzir a morbidade e mortalidade cardiovascular. Dos medicamentos anti-hipertensivos disponíveis há os diuréticos (atuam no rim e aumentam a eliminação de água e sal pela urina, diminuindo o inchaço), inibidores adrenérgicos, betabloqueadores (diminuem a frequência cardíaca, geralmente prescritos para pacientes jovens e mulheres, por terem, na sua maioria, a frequência cardíaca ligeiramente aumentadas), alfa bloqueadores, vasodilatadores diretos (relaxam as artérias e veias do organismo), antagonistas dos canais de cálcio, inibidores da enzima conversora da angiotensina, bloqueadores dos receptores AT¹, da angiotensina II e inibidores diretos da renina.
Cada medicamento anti-hipertensivo é de escolha médica com base nas:
  1. Condições econômicas; 
  2. características do indivíduo;
  3. outras doenças existentes no indivíduo; 
  4. capacidade do medicamento escolhido reduzir morbidade ou mortalidade cardiovascular; 
  5. mecanismos fisiopatogênico predominante no paciente a ser tratado. 
Os medicamentos mais indicados e que geralmente atende às necessidades dos critérios de uso, temos os diuréticos, beta-bloqueadores dos canais de cálcio, inibidores de ECA, bloqueadores e bloqueadores do receptor AT.
Alguns efeitos colaterais podem surgir a partir do uso dos medicamentos, como tonturas, retenção de líquidos, alteração na frequência cardíaca, dor de cabeça, vômitos, náuseas, sudorese e impotência. Ao ter qualquer um dos sintomas desses efeitos, a pessoa deve falar com o médico para ele avaliar a situação. Os remédios para a hipertensão não engordam, mas podem deixar a pessoa inchada, por isso, é indicado pelo médico o uso de diuréticos. 
O tratamento não anula o outro, sendo o não-farmacológico auxiliador necessário para o farmacológico, pois de nada adianta somente fazer o uso de medicamentos e não mudar o estilo de vida, entretanto, o tratamento é mais eficaz articulando um ao outro.

REFERÊNCIA:
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadernos de Atenção Básica nº 15 - Brasília DF, 2006.

GRUPO (9) Juliani, Laísa, Tatiane.


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