Do grego, o prefixo Epi quer dizer “sobre”, no sentido de em cima, logo Epigenética é o ciência do que “está acima da genética”, quase que literalmente! É o estudo da interação dos fatores ambientais e expressão genética Como já sabemos, as infindáveis combinações da sequência das letras químicas A, C, G e T guardam a receita da construção das moléculas que constituem as estruturas de nossos organismos e corpos. Ou seja o código genético (único, particular & exclusivo, que determina quem somos) é que dita a formação desde o fio de cabelo até a configuração das hemácias, nossas queridas células sanguíneas transportadoras de O2 (oxigênio). Mas então o que determina as diferenças entre elas?
É aí que a epigenética atua, ativação e desativação esses genes. Através de marcações moleculares, principalmente de grupos de metil ou metila, como se fossem etiquetas marcadores. Podemos pensar nelas como interruptores, que ligam ou desligam genes. Sem mudar a conformação genética. A dinâmica funcional da atividade das células são alteradas, alterando o restante.
O interessante deste mecanismo é a sua permeabilidade a fatores externos (estresse, calor, fome, etc), que estamos longe de descobrir até onde chega. Além dessa suscetibilidade, as marcações epigenéticas também são transferidas, assim como o DNA, por gerações. Ou seja, além dos genes, também herdamos e transmitimos vestígios das experiências que passamos. Houve um estudo de como esse processo afetou netos de holandeses, os quais passaram fome na Segunda Guerra Mundial, tornando-os obesos.
Os períodos pré-natal à primeira infância são determinantes no desenvolvimento de um ser, o efeito das impressões cumulativas positivas ou negativas determinam a saúde ou doença dos indivíduos. Atualmente sabe-se que doenças neurológicas, como a depressão, estão fortemente ligadas à estes fatores. Padrões de metilação são suscetíveis ao estilo de vida dos pais e ao ambiente.
Como experiências positivas também podem alterar os padrões, educação, ambiente social positivo, atividade física, massagem terapia e afins podem atenuar e até mesmo reverter consequências das experiências negativas e promover bem estar.
O que podemos “concluir”?
Ao mesmo tempo que recebemos além da carga genética e memórias epigenéticas de nossos antepassados, não estamos presos à essas heranças. Há a chance de mudança através da mudança do ambiente, dos hábitos e estilo de vida. A busca pela saúde mental e social precisa de um primeiro passo.
Drica, Grupo Depressão
Drica, Grupo Depressão
Fontes:
https://super.abril.com.br/ciencia/entenda-de-uma-vez-o-que-e-epigenetica/
https://www12.senado.leg.br/institucional/programas/primeira-infancia/artigos/artigos-ano-2015/inato-ou-adquirido-como-fatores-epigeneticos-influenciam-o-desenvolvimento-infantil-fabiola-cristina-ribeiro-zucchi-ano-2015
Imagens: Google
https://www12.senado.leg.br/institucional/programas/primeira-infancia/artigos/artigos-ano-2015/inato-ou-adquirido-como-fatores-epigeneticos-influenciam-o-desenvolvimento-infantil-fabiola-cristina-ribeiro-zucchi-ano-2015
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