Resenha: Perfil Lipídico de Estudantes de Nutrição e sua Associação com Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares
FISBER, Regina Mara; STELLA, Roberta Horschutz; MORIMOTO, Juliana Masami; PASQUALI, Luciana Sicca; PHILIPPI, Sonia Tucunduva; LATORRE, Maria do Rosário D. O. Perfil Lipídico de Estudantes de Nutrição e sua Associação com Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares. Arq. Bras. Cardiol. 2001; 76: 137-42.
O artigo "Perfil Lipídico de Estudantes de Nutrição e sua Associação com Fatores de Risco para Doenças Cardiovasculares", das autoras Regina Mara Fisberg, Roberta Horschutz Stella, Juliana Masami Morimoto, Luciana Sicca Pasquali, Sonia Tucunduva Philippi e Maria do Rosário D. O. Latorre, visa, por meio de dados coletados, descrever o perfil lipídico de estudantes do curso de nutrição de uma Universidade Pública de São Paulo.
O estudo transversal teve a participação de 118 estudantes, todas do sexo feminino, nos anos 1997 e 1998, com idades de 17 a 25 anos. As estudantes foram divididas em dois grupos (um com idades de 17 a 19 ano e outro com idades de 20 a 25 anos), em algumas análises. A idade média do grupo foi calculada de 20,28 anos.
Para traçar o respectivo perfil lipídico, fatores como idade, colesterol total, lipoproteína de alta densidade (HDL-C), antecedentes familiares, como doença coronariana e/ou doença cerebrovascular e/ou periférica, tabagismo, uso de anticoncepcional, índice de massa corpórea e sedentarismo foram utilizados. A alimentação foi, também, analisada, em um intervalo de três dias. E, como resultado, foi possível aferir níveis de energia, proteínas, lipídeos totais, lipídeos saturados, fibra, colesterol, sódio e ferro.
Estudos realizados em algumas populações conseguiram identificar características e hábitos que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Alguns hábitos e atitudes, como fumo, falta de atividade física, dieta, hipertensão, hipercolesterolemia, intolerância à glicose e obesidade são passíveis de sofrerem intervenção, ou seja, existe predisposição genética para o desenvolvimento das doenças, mas não é um fator determinante, pois o dia a dia da pessoa pode contribuir para que haja qualidade de vida.
Foi constatado também que não existem diferenças discrepantes entre os índices de mortalidade detectados nas principais cidades brasileiras e a de outros países. A adoção de medidas preventivas, a compreensão dos diversos fatores de risco para doenças cardiovasculares e sua identificação em diferentes faixas etárias mostram-se peremptórios, sobretudo para a elaboração de planos preventivos, além de buscar sempre o melhor plano para a realidade em que será aplicado.
O resultado final foi que, apesar do conhecimento adquirido, durante a formação acadêmica, é preciso observar as alterações do perfil lipídico e sua associação com fatores de risco para doença isquêmica do coração em jovens estudantes do curso de nutrição. A participação das universidades com o objetivo de educar alunos e profissionais na adoção de medidas preventivas é uma medida eficaz, e não somente a realização de estudos que visam traçar perfil de risco.
Autor: Raul Wayne Lemos. Grupo 13.
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