Resenha do artigo: Tendência temporal da prevalência de hipertensão arterial sistêmica no Brasil



Alunas: Laísa Souza Pereira; Tatiane Carneiro


Título: Tendência temporal da prevalência de hipertensão arterial sistêmica no Brasil


Autores: Larissa Aline Carneiro Lobo; Raquel Canuto; Juvenal Soares Dias-da-Costa; Marcos Pascoal Pattussi 


As doenças crônicas não transmissíveis, podem ser consideradas um problema de saúde pública, como é o caso da hipertensão arterial sistêmica, que também é um fator de risco para morbidade e mortalidade para doenças do aparelho circulatório. A partir de dados secundários de domínio público da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada nos anos de 1998, 2003 e 2008 estudou-se sobre as informações advindas de tais coletas sobre características demográficas, habitação, educação, trabalho e rendimentos da população brasileira. Para análise foram consideradas as variáveis sexo; idade; cor da pele e regiões do Brasil. O principal objetivo era analisar as prevalências de hipertensão arterial referida por adultos brasileiros, e verificar as variáveis socioeconômicas associadas durante três períodos de tempo.
De acordo com o estudo realizado, as prevalências de hipertensão arterial referida foram de 18,0% em 1998, 19,2% em 2003 e 20,9% em 2008, ou seja, aumentaram ao longo dos períodos estudados, sendo sempre mais elevadas dentre as mulheres, com idades entre 21 a 39 anos e de cor da pele branca. Além disso, verificou-se uma tendência linear direta entre idade e hipertensão arterial, ou seja, as prevalências do desfecho aumentaram de acordo com as mudanças de faixas etárias. Percebeu-se maiores prevalências de hipertensão arterial nas pessoas com menor escolaridade, independentemente dos anos estudados e do sexo. 


Tais dados reforçam o que a literatura apresenta quanto ao maior risco de apresentar doenças do aparelho circulatório é nos grupos mais vulneráveis. É necessário reforçar o incentivo a prevenção, promoção e educação em saúde, uma vez que a prevalência de hipertensão arterial vem aumentando ao longo dos anos devido a exposição a comportamentos de risco da população, como maus hábitos alimentares, consumo de álcool e tabaco, e exposição crônica ao estresse. Em tal pesquisa, maiores prevalências de hipertensão arterial foram encontradas em pessoas com menor escolaridade, independentemente dos anos estudados e do sexo, demonstrando a importância do conhecimento da prevalência desse fator de risco na população brasileira, bem como a identificação de grupos mais vulneráveis e prioritários para a elaboração de políticas públicas eficazes e efetivas. 
A hipertensão arterial sistêmica, apesar de ser um fator de risco evitável, reflete em custos médicos elevados, como taxas de hospitalizações e gastos em medicamentos, principalmente em função de suas complicações, tais como: doença cerebrovascular, doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, insuficiência renal crônica e doença vascular de extremidades.











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