Metabolismo
das drogas:
Chama-se
droga qualquer substância química que, após sua administração, interfere no
funcionamento dos organismos vivos, podendo-se considerar uma simples célula
como um organismo inteiro. Entende-se como funcionamento o conjunto de reações
bioquímicas e fisiológicas que mantêm a vida de todos os organismos. Assim as
drogas entrariam nessas reações bioquímicas e “enganariam” os processos
orgânicos e, através de ligações químicas com os diversos componentes das
células ou tecidos, substituiriam ou alterariam as funções preexistentes das
moléculas endógenas.
Cada
droga corresponde um dado efeito biológico. Esse efeito é tão mais intenso
quanto maior for a quantidade de droga disponível para atuar nos diferentes
sistemas biológicos, até um limite compatível com o funcionamento desse
sistema. Em consequência, efeitos tóxicos surgem do uso de quantidades
excessivas de drogas que então podem ser consideradas como venenos. Assim,
pode-se concluir que toda droga é um veneno em potencial, dependendo da
quantidade administrada.
Portanto, pode-se dizer que as drogas podem ser utilizadas para
tratar doenças e, nesse casso, denominam-se fármacos. O modo através do qual
cada droga produz seus efeitos no corpo segue princípios gerais. Depois que as
drogas entram no corpo, elas precisam ultrapassar sucessivamente algumas
barreiras corporais para finalmente chegar ao local onde produzem seus efeitos.
O cérebro é o principal local de ação para as drogas usadas em excesso. Os
efeitos indesejáveis que ocorrem em outros lugares além do cérebro são chamados
de efeitos colaterais.
O
metabolismo de drogas se constitui num processo que leva à alteração da molécula
original, também denominada molécula parental. Essa molécula é transformada
normalmente com a participação de enzimas dos tecidos em um ou vários
compostos, denominados metabólitos. Anteriormente, acreditava- se que o
metabolismo de drogas se constituía em um mecanismo geral de “detoxicação”,
utilizado pelo organismo para se livrar de compostos danosos, endógenos ou
exógenos, inclusive após o uso de drogas.
No
entanto, a descoberta de metabólitos com atividade igual ou maior do que a do
composto parental, como a morfina, que é produzida pelo metabolismo hepático a
partir do metabolismo da codeína, droga anteriormente muito usada como
antitussígeno, levou ao conceito atual de metabolismo de drogas ou
biotransformação.
A biotransformação de drogas pode ocorrer, em maior ou menor grau,
em praticamente todas as células do organismo. O intestino, os pulmões, os rins
são importantes órgãos metabolizadores de drogas. Entretanto, o principal órgão
metabolizador de drogas no organismo é o fígado. Entre outros efeitos, esse
metabolismo hepático geralmente aumenta a hidrofilicidade das drogas e,
portanto, sua capacidade de ser excretada. Em geral, os metabólitos que são
produzidos são menos ativos farmacologicamente do que o substrato droga. No
entanto, algumas pró-drogas inativas são convertidas em suas formas ativas como
consequência do processamento hepático. Os sistemas hepáticos de metabolização
de drogas precisam atuar numa infinidade de moléculas; isto é, alcançado pelas
enzimas envolvidas que têm baixa especificidade pelo substrato.
Alteração da sensação de dor:
Analgésicos são agentes que aliviam a dor sem causar perda de
consciência. Eles se dividem em: Analgésicos Endógenos; Analgésicos fracos e Analgésicos
de ação geral.
Existem pessoas que sofreram ferimentos graves e relatam que, no
momento da lesão, não sentiram dor. Isso é explicado pelo fato de o encéfalo,
para inibir a sensação de dor, liberar neurotransmissores, como endorfina,
dinorfina e encefalina, que atuam como Analgésicos Endógenos. Esses
neurotransmissores são liberados também quando a pessoa sente prazer após
estresse. Ex: depois de esportes radicais, filmes de terror. A sensação de
alívio após o medo é devido à liberação desses neurotransmissores. Os
receptores com os quais eles interagem são denominados receptores de opioides,
porque derivados do ópio; como morfina e codeína também interagem com eles
diminuindo a dor.
Analgésicos fracos são os chamados anti-inflamatórios
não-esteroidais, que possuem estrutura química variada e exercem atividade
analgésica, antipirética e anti-inflamatória como, por exemplo, a aspirina.
Caso a dor não seja aliviada, pode-se usar com esses analgésicos, opioides
fracos, como a codeína. Em último caso, são usados opioides potentes, como a
morfina (câncer).
Opioides são os principais representantes dos analgésicos de ação
geral. São substâncias naturais, semissintéticas ou sintéticas que agem tanto
como agonistas quanto como antagonistas em determinados receptores presentes no
sistema nervoso, os receptores de opioides. O ópio é extraído da papoula e contém
25 alcaloides. Exemplos: morfina, codeína, papaverina e a heroína.
Adaptado de : https://educapes.capes.gov.br/bitstream/capes/559750/2/Livro%20Bioquimica%20das%20Drogas.pdf
Joabe Santos (4).
Joabe Santos (4).
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