Resenha: Mudanças no tratamento da depressão: descobertas da fisiopatologia do transtorno altera foco das pesquisas e desenvolvimento de fármacos
O artigo “Marcadores Biológicos da Depressão: Uma Revisão Sobre a Expressão de Fatores Neurotróficos”
desenvolvido no Laboratório de Neurociências da UFSC e publicado em 2012 na Revista Neurociências
revisou estudos que apontam a relação da depressão com fatores neurotróficos. O artigo encontrou 110
estudos de modelos experimentais de depressão animal relacionados a neurotrofinas e a forma que anti-
depressivos atuam sobre estas, todos produzidos entre 2007 e 2011. Foram selecionados 9, onde foi pos-
sível apresentar a revisão do conceito da fisiopatologia e mecanismos envolvidos no desenvolvimento da
depressão com o objetivo de sugerir novas estratégias de intervenção farmacêutica.
desenvolvido no Laboratório de Neurociências da UFSC e publicado em 2012 na Revista Neurociências
revisou estudos que apontam a relação da depressão com fatores neurotróficos. O artigo encontrou 110
estudos de modelos experimentais de depressão animal relacionados a neurotrofinas e a forma que anti-
depressivos atuam sobre estas, todos produzidos entre 2007 e 2011. Foram selecionados 9, onde foi pos-
sível apresentar a revisão do conceito da fisiopatologia e mecanismos envolvidos no desenvolvimento da
depressão com o objetivo de sugerir novas estratégias de intervenção farmacêutica.
A fisiopatologia da depressão não foi estabelecida até hoje, apesar disso, a teoria mais difundida é a da
redução de monoaminas no organismo. Monoaminas constituem um grupo de neurotransmissores, como
a serotonina, dopamina e noradrenalina. Elas transportam informações entre os neurônios na fenda sinápti-
ca. Há muito tempo o tratamento da depressão é baseado em suprimir os níveis dessas substâncias. Com
o objetivo de rever a fisiopatologia, foram artigos que encontraram relação do transtorno com o aumento da
perda das células neurais, que está associada com a sinalização das vias que controlam a neuroplasticida-
de e sobrevivência celular. Esses funcionamentos são regulados pelos fatores neurotróficos. Neurotrofinas
são proteínas que promovem a diferenciação e sobrevivência dos neurônios, através da ativação de recep-
tores e expressão de genes. Elas têm um papel essencial na regulação da atividade sináptica e plasticida-
de neural, regulando a depressão maior com danos nas vias de sinalização celular. Porém para a transcri-
ção (processo genético de sintetização de proteínas e consequentemente regulação de várias funções do
organismo) das neurotrofinas é necessária a ativação de mecanismos de sinalização, incluindo cálcio,
CREB, MEK, MeCP2, CaMKII e hormônios.
redução de monoaminas no organismo. Monoaminas constituem um grupo de neurotransmissores, como
a serotonina, dopamina e noradrenalina. Elas transportam informações entre os neurônios na fenda sinápti-
ca. Há muito tempo o tratamento da depressão é baseado em suprimir os níveis dessas substâncias. Com
o objetivo de rever a fisiopatologia, foram artigos que encontraram relação do transtorno com o aumento da
perda das células neurais, que está associada com a sinalização das vias que controlam a neuroplasticida-
de e sobrevivência celular. Esses funcionamentos são regulados pelos fatores neurotróficos. Neurotrofinas
são proteínas que promovem a diferenciação e sobrevivência dos neurônios, através da ativação de recep-
tores e expressão de genes. Elas têm um papel essencial na regulação da atividade sináptica e plasticida-
de neural, regulando a depressão maior com danos nas vias de sinalização celular. Porém para a transcri-
ção (processo genético de sintetização de proteínas e consequentemente regulação de várias funções do
organismo) das neurotrofinas é necessária a ativação de mecanismos de sinalização, incluindo cálcio,
CREB, MEK, MeCP2, CaMKII e hormônios.
A depressão é um problema de saúde pública de elevado custo, e segundo o estudo é o transtorno men-
tal mais prevalente em serviços de atenção primária, prevalecendo de 10 a 20%. É uma doença incapaci-
tante, que compromete a saúde física dos acometidos, pois está relacionada com altas taxa de morbilida-
de e mortalidade. Pacientes que sofrem com essa afecção tendem a apresentar distúrbios cardiovascula-
res, cérebro vasculares, músculo-esqueléticos, metabólicos, pulmonares, dores crônicas, entre outros. Por
isso a preocupação de relacionar o tratamento da depressão com as vias de sinalização das neurotrofinas
que vão atuar na passagem de informações entre os neurônios, regulando o organismo de forma a atingir
alostase fisiológica, de forma a ser necessária a intervenção da busca de outros fármacos, que sejam efi-
cientes no tratamento da depressão.
Drica, Grupo Depressão
Imagem do filme "Divertidamente"
Artigo disponível em: http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2012/RN2004/revisao%2020%2004/730%20revisao.pdf
tal mais prevalente em serviços de atenção primária, prevalecendo de 10 a 20%. É uma doença incapaci-
tante, que compromete a saúde física dos acometidos, pois está relacionada com altas taxa de morbilida-
de e mortalidade. Pacientes que sofrem com essa afecção tendem a apresentar distúrbios cardiovascula-
res, cérebro vasculares, músculo-esqueléticos, metabólicos, pulmonares, dores crônicas, entre outros. Por
isso a preocupação de relacionar o tratamento da depressão com as vias de sinalização das neurotrofinas
que vão atuar na passagem de informações entre os neurônios, regulando o organismo de forma a atingir
alostase fisiológica, de forma a ser necessária a intervenção da busca de outros fármacos, que sejam efi-
cientes no tratamento da depressão.
Drica, Grupo Depressão
Imagem do filme "Divertidamente"
Artigo disponível em: http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2012/RN2004/revisao%2020%2004/730%20revisao.pdf
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