Como é classificada a Paralisia Cerebral?

1. CID (Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados a Saúde).

São consideradas Paralisia Cerebral:
CID 10 - G80 Paralisia Cerebral;
CID 10 G80.0 Paralisia Cerebral Quadriplágica Espástica;
CID 10 G80.1 Paralisia Cerebral Diplégica Espástica;
CID 10 G80.2 Paralisia Cerebral Hemiplégica Espástica;
CID 10 G80.3  Paralisia Cerebral Discinética;
CID 10 G80.4 Paralisia Cerebral Atáxica;
CID 10 G80.8 Outras formas de Paralisia Cerebral;
CID 10 G80.9 Paralisia Cerebral não especificada.

2.  Gross Motor Function Classification System (GMFCS)

O GMFCS ou sistema de classificação da função motora grossa, é uma classificação padronizada que identifica qual o diagnóstico de PC  da criança ou adolescente, conforme os níveis de mobilidade funcional (PALISANO et al., 1997 apud MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014, p. 11). Esta avaliação utiliza o movimento iniciado voluntariamente, focando principalmente no sentar, nas transferências e na mobilidade, classificando em 5 níveis, sendo que o “...I inclui a presença de mínima ou nenhuma disfunção com respeito à mobilidade comunitária, até o V, quando há total dependência requerendo assistência para mobilidade. Esta classificação engloba a faixa etária de zero a 12 anos” (PALISANO et al., 2007; HIRATUKA et al., 2010 apud MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014, p. 11).

O GMFCS permite uma comunicação clara entre os profissionais da saúde, possibilitando o conhecimento a respeito do prognóstico de cada nível funcional, auxiliando no processo de reabilitação e proporcionando um aconselhamento mais adequado à família. A versão mais recente teve alteração na faixa etária de 6 a 12 anos e adicionando a faixa etária de 12 a 18 anos, esta versão já foi traduzida também para o Brasil (SILVA et al., 2010 apud MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014, p. 11).

3. Manual Ability Classification System (MACS)

É o sistema de classificação da habilidade manual e avalia a função manual de crianças e adolescentes com PC de 4 a 18 anos, tendo como prioridade o desempenho bimanual durante as atividades de vida diária em sua casa, na escola, ou na comunidade (ELIASSON et al., 2006 apud MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014, p. 12).

Como no GMFCS o MACS classifica crianças e adolescentes em cinco níveis, sendo que no nível I as crianças manipulam os objetos com facilidade, até o nível V aonde as crianças possuem as habilidades severamente prejudicadas para realizar até tarefas mais simples (ELIASSON et al., 2006 apud MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014, p. 12).

Portanto, para conseguir compreender o quadro clínico de uma pessoa com PC, é preciso seguir as etapas descritas na figura abaixo:

FIGURA 1: Aspectos a serem considerados para chegar ao quadro clínico:

FONTE: Diretrizes de Atenção a Pessoa com Paralisia Cerebral, Ministério da Saúde, 2014, p. 12.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Diretrizes de Atenção à pessoa com Paralisia Cerebral. Brasília, Distrito Federal. 2014.