Com
mecanismos diferenciados, sendo o Fenol uma substancia que apresenta duas fases,
inicialmente como anestésico sobre as fibras gama em seguida ocorre uma
desnaturação proteica, e a toxina Botulínica, gera a inibição da liberação
exocitótica da acetilcolina nos terminais nervosos motores, ambas as
substancias são adotadas no tratamento da espasticidade, sendo este o enrijecimento
do tônus muscular, sintoma frequentemente presente em quadros de paralisia
cerebral.
A combinação
do Fenol e da toxina Botulínica, procedimento de bloqueio misto sob anestesia, oferecem
maior segurança quanto às complicações e vantagem de custo.
Com o
objetivo de esclarecer os diferentes mecanismos de bloqueio no tratamento da
espasticidade, foi realizado o estudo divulgado no Instituto de Medicina Física
e Reabilitação do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, pela médica
Maria
Matilde de Mello Sposito no ano de 2010. Tendo como ponto de analise, não somente
o mecanismo das substancias, mas também características, dosagem de cada
elemento, a duração do efeito, efeitos colaterais, indicações, contraindicações
entre outros fatores que influenciam no tratamento.
Revelou-se
que a adoção do bloqueio misto, traz benefícios como a redução dos sintomas advindos
da espasticidade como dor, espasmos, atrofia muscular entre outros. Mostra maior
eficácia em pacientes da área pediátrica, pois quando empregado os tratamentos em
crianças há a possibilidade de estar retardando possíveis procedimentos cirúrgicos.
Consequentemente o tratamento acaba afetando positivamente nas atividades funcionais
do dia-a-dia, como a auto higiene e alimentação. Vale ressaltar que a dosagem destas
substancias combinadas tratam com menor quantidade de toxina Botulínica do Tipo
A uma maior quantidade de músculos.
REFERÊNCIA:
DE MELLO SPOSITO, M. M. Bloqueios químicos para
o tratamento da espasticidade na paralisia cerebral. Acta Fisiátrica,
v. 17, n. 2, p. 68-83, 2010.
Paula Vañó Ivorra
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