Alzheimer - Fisiopatologia


Doença de Alzheimer - Fisiopatologia 

      A doença de Alzheimer é a patologia neurodegenerativa manifestada de forma cognitiva e neuropsiquiátrica. Como resultado, uma primeira forma da doença se manifestar é a deficiência da memória recente, acompanhada por dificuldades de atenção, na fala, diminuição na capacidade de fazer cálculos e nas habilidades visuoespaciais. A esses sintomas, também se acompanha a agressividade, irritabilidade, depressão entre outros.
     A doença se dá pela perda de sinapses e morte de neurônios nas regiões cerebrais (córtex cerebral, hipocampo, córtex entorrinal e estriado ventral)responsáveis pelas funções cognitivas. Histopatologicamente, no parênquima cerebral dos portadores de Alzheimer, ocorrem depósitos fibrilares amiloidais associados a diferentes tipos de placas senis, acúmulo de filamentos anormais da proteína Tau e como consequência, a formação de novelos neurofibrilares (NFT), a perda sináptica e neuronal e inflamação.Os NFT são procedentes da hiperfosforilação do citoesqueleto da proteína tau, cuja função esperada é a estabilização dos microtúbulos neuronais.
   Segundo o trabalho, baseado em marcadores neuropatológicos, duas hipóteses principais foram propostas para explicação da etiologia da doença com relação a neurodegeneração presente:
Hipótese 1: hipótese da cascata amiloidal, a neurodegeneração na doença de Alzheimer inicia-se com a  clivagem proteolítica da proteína precursora amilóide (APP) e resulta na produção, agregação e deposição da substância βamilóide (Aβ) e placas senis, tendo como efeito final a morte celular.
Hipótese 2: na hipótese colinérgica, cérebros de pacientes portadores da doença de Alzheimer mostraram degeneração dos neurônios colinérgicos, ocorrendo também uma redução dos marcadores colinérgicos, sendo que a colina acetiltransferase e a acetilcolinesterase tiveram sua atividade reduzida no córtex cerebral desses paciente.Nessa hipóteses, o efeito final é o prejuízo cognitivo.
        Alguns estudos mostraram a correlação entre os metais e a biologia celular da APP e a neurodegeneração no Alzheimer: o cobre foi capaz de promover a agregação da substância Aβ, formando um complexo de alta afinidade, com neurotoxidade variável.
    Considerando aspectos genéticos, a associação entre Alzheimer e a síndrome de Down permitiu a identificação do gene, no cromossomo 21, responsável pela APP que se acumula nas placas senis.A doença de Alzheimer se manifesta em idade de 40 - 50 anos, para aqueles com síndrome de Down.
      Estudos também apontam para a relação entre os níveis altos de colesterol sanguíneo e o aumento de risco de desenvolvimento de Alzheimer, evidenciando a ligação entre a deterioração da homeostase lipídica cerebral, com as alterações vasculares e a patogenia da doença de Alzheimer. Um estudo indicou que o colesterol foi capaz de regular o processo proteolítico da APP, favorecendo a formação da substância Aβ e a redução dos níveis plasmáticos do colesterol foi capaz de reduzir a formação amiloidal.
    O texto também traz estudos que analisam o uso de antiinflamatórios e sua possibilidade em modificarem os níveis de APP e , porém, mostram-se ainda bastante inconclusivos, além de causarem danos gastro- intestinais nessa população mais atingida pela Doença de Alzheimer.

Texto adaptado por Jacquelin Tellez, Juliana R. de Moraes e Tatiany Silva (grupo 11), com base no artigo de revisão:

SERENIKI, A.;VITAL, M.A.B.F. A doença de Alzheimer: aspectos fisiopatológicos e farmacológicos.
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082008000200002

Imagem disponível em: https://www.alz.org/brain_portuguese/10.asp 

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