A QUÍMICA DA VIDA

A QUÍMICA DA VIDA

O texto a seguir foi retirado do início da parte 1 do livro de Bioquímica, do Voet. Trata de uma alusão perfeita ao significado da Bioquímica e tem como título: VIDA.

A Bioquímica, como o nome indica, é a química da vida. Por conseguinte, ela liga a química, o estudo das estruturas e interações de átomos e moléculas, com a biologia, o estudo das estruturas e interações de células e organismos. Uma vez que os seres vivos são compostos de moléculas inanimadas, a vida, no seu nível mais básico, é um fenômeno bioquímico.

Embora os organismos vivos mostrem uma enorme diversidade nas suas propriedades macroscópicas, existe uma notável similaridade na sua bioquímica, o que provê um tema unificador para estudá-los. Por exemplo, a informação genética é codificada e expressa de uma maneira quase idêntica em todas as formas de vida. Além disso, a série de reações bioquímicas, conhecidas como rotas metabólicas, assim como as estruturas das enzimas que as catalisam, são, para muitos processos básicos, quase idênticas entre um organismo e outro. Isso sugere fortemente que todas as formas conhecidas de vida descendam de um único ancestral primitivo, no qual essas características bioquímicas se desenvolveram pela primeira vez.

A Bioquímica é o estudo da vida no seu nível molecular. O significado desse estudo é bastante aprimorado se estiver relacionado com a biologia dos organismos correspondentes ou mesmo de comunidades de tais organismos.

Em geral, é fácil determinar se alguma coisa é viva ou não. Isso porque os seres vivos apresentam muitos atributos em comum, como a capacidade de extrair energia dos nutrientes para realizar suas várias funções, o poder de responder ativamente a mudanças no seu ambiente e a capacidade de crescer, diferenciar-se e – talvez o mais característico de todos – reproduzir-se.
Norman Horowitz propôs um conjunto de critérios úteis para os sistemas vivos: a vida possui as propriedades de replicação, catálise e mutabilidade.

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